sexta-feira, dezembro 23, 2011

MADA MEU...





NÃO TENHO NADA "MEU", ALÉM DO DESEJO DE ACERTAR...

Maris

ÓPIO

Em noites
Aquecidas de teu sol

Pontes andaram estradas seguindo
Nossas pernas distraídas

Verteu doces pedaços de céu, como
algodões que se desfazem
Ao sabor da saliva

Seivas
Que colhes pro teu
Canto da boca

Gotejando
Delícias
Na minha

Foi das estradas
Até às nuvens e vales
Que teu perfume
Soprou o gosto
Causador de
contrações e naves

Esfumaçando nossas imagens...

Maris Figueiredo

quinta-feira, dezembro 22, 2011

LAÇOS DE FITA

MINHAS CORTINAS TÊM LAÇOS DE FITA
ESCREVO SONHOS EM GUARDANAPOS
OUÇO ACALANTOS PRA DORMIR

MAS MINHA MORADA É PLASMADA EM TIJOLO DE
BARRO E PEDRA


E ESSE QUADRO
DE APARÊNCIA ROSADA
NA VERDADE
É MACERADO
DE ENCANTOS E DORES


FURTIVA PARA TANTOS
ESTÁ A MULHER

CULTIVANDO
ROSAS E ASSUMINDO OS ESPINHOS

DESPERTANDO
SUSPIROS E CHOROS

MARIS FIGUEIREDO

quarta-feira, dezembro 21, 2011

VARAL


SACUDI OS SONHOS NA CALÇADA
A GOSTO DO TEMPO,

SOZINHOS...

PRA FICAR DISTANTE,
ESQUECER DA DOÇURA...
E DESSE SABOR DE BRISA
DISFARÇADA
QUE POR SORTE, SECA RÁPIDO
QUALQUER SENTIMENTO...

EU NÃO SEI QUE RIMAS
SÃO ESSAS
DA ESTRADA

OLHO O CESTO
CHEIO DO NADA

E FICO RETICENTE
QUITE
COM O SILÊNCIO

...

MARIS FIGUEIREDO

segunda-feira, dezembro 12, 2011

E ELES NÃO SE AMARAM MAIS


Eles se amavam um dia sim
E o outro também

Pois, parecia óbvio
Tão certo, tão lógico
Que chegou a ser comum.

E estavam tão perto
Que se tornaram distantes.

A vida parecia um quadro
Não havia acaso,
Nascimento e morte

Até que um dia,
Olharam-se desconfiados!

Como quem acorda do ópio,
Perceberam um silêncio
Conflitante...

Era feriado
E eles não se amaram...

Não se amaram mais nesse dia
E nos outros que chegaram...

MARIS FIGUEIREDO

domingo, dezembro 11, 2011

VENTO

O destino, às vezes, nos carrega feito vento... E eu não sei onde esse vento vai parar...




MARIS FIGUEIREDO


sexta-feira, dezembro 09, 2011

CONTRA O TEMPO


TEM
TEMPO?

ENCONTRA TEMPO!


MAS, CONTRATEMPOS

SEMPRE HÁ DE SE ESPERAR...


E, ÀS VEZES, QUANDO O

DES(TINO) RI,

DESFAZ EM PÓ

SEM DÓ...


 FICA NADA PRA LEMBRAR!


NEM CONTA O QUE O TEMPO

GUARDOU!


O GOSTO

QUE TEMPEROU!


UM TEMPO

QUE SE VAI ...


CONTRA OS TEUS, OS MEUS


QUANTO TEMPO?


A FAVOR DE OUTROS

QUE EU ESPERO,


HÃO DE CHEGAR...



Maris Figueiredo

ENTRE NÓS

De nossos (in) cantos
Às extremidades,
Que doce vontade
Será essa que nos move?

E ainda que transborde
Pelas minhas bordas
O som das minhas cordas,
Elas te parecem imóveis?

Diante da música
Que invade meu peito
Da loucura
Que me faz perder os modos
É fácil sorrir e

Não entendo direito
Essa vontade de chorar
Quando
Tua energia me envolve
De vida que explode

Ao te sentir...

Eu vejo luz, estrelas, sóis...

Desejo em mim
Teus acordes

Maris Figueiredo


Giz

Legião Urbana
E mesmo sem te verAcho até que estou indo bem

...

Desenho toda a calçadaAcaba o giz, tem tijolo de construçãoEu rabisco o sol que a chuva apagouQuero que saibas que me lembroQueria até que pudesses me verÉs, parte ainda do que me faz forte
...

Mas tudo bemTudo bem, tudo bem...Lá vem, lá vem, lá vemDe novoAcho que estou gostando de alguémE é de ti que não me esquecereiTudo bem, tudo bem...Eu rabisco o sol que a chuva apagouTudo bem, tudo bem...Acho que estou gostando de alguémTudo bem, tudo bem...

domingo, novembro 27, 2011

E TODO O AMOR QUE EU TINHA?

Poesias são
Abortadas
Diariamente

Esvaindo

Frenesi de palavras

Enquanto
Minha veia calada
Transporta meu coração em linhas

Só quero colo
Algo quente

Antes que
Desabe
O desejo de colher

Todo amor
Que eu tinha


Maris Figueiredo

segunda-feira, novembro 07, 2011

AMADO




VANESSA DA MATA

Amado
Vanessa da Mata

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

domingo, outubro 30, 2011

ALUSÃO





Sou de sol...
Sou de lua.

Faíscas
E estrelas.



Meio barro.
Às vezes, tijolo

De fogo
E água.

De ar
E arte

Calmaria
E tempestade

Assim, quase
Tudo!

Hora, quase nada!


Maris Fiqueiredo

sábado, agosto 27, 2011

RAIVA

Gelo,

Tenho

Dez pedras

Na mão

Pro teu

Tinto

...

Sabor

Vinho de

Vìcio em círculos

...

Provoco

Um eco

Parido

Em erupções

No fundo do

Mundo

...

Só pra ver

Teu copo transbordando

O  corpo em

Lavas...


Maris Figueiredo





sexta-feira, agosto 19, 2011

Sereno...




Deus

Que todos os sons
Transbordem pelos poros
E enlace minhas saias
Desperte meus sentidos

Que seja harmonia meus passos
E que a cantoria dos pássaros
Adoce os ouvidos

Deus

Que eu dance entre os astros
Adormecendo embarcações
No cais do espaço
Em um mar de luzes, nuvens de gases
Verdadeiro berço de estrelas


Que meus gestos sejam reflexos de
 Benevolência  como das árvores

De liberdade e beleza
Como a  leveza das borboletas e
O voo de todas as aves

Que me cubra
A calma de todos os rios
E me guarde
A bravura de todos os mares

O anonimato das grutas
O cheiro de clorofila
Das matas

Que meu campo mental
Esteja florido
E que este perfume se espalhe

Que eu saiba compartilhar
Amor, serenidade e luz
Alegria, fé e coragem

Maris Figueiredo











terça-feira, julho 12, 2011

ALADO

Há asas em tuas costas
Um halo de questões e buscas nas tuas raízes

Pairam sobre a cabeça tantas lutas, sonhos, flores, ideias...


No cenário doce de teus olhos, sorrisos e gestos sinto
Soprar um voo predestinado a acontecer...

Teu coração é terra tão distante e de lá
Ecoa tua voz  feito canto

E por encanto

Não me espanto
Se algum dia

Enloucrescer




MARIS FIGUEIREDO

sábado, julho 09, 2011

Cirandar

Roda
Ciranda
 Em ira
Nas cordas da
Lira
 
Rodopia
Pira
Arrastando a vida

Nos pés

Poeira atrevida
E na mente, todo desejo que delira

Mira,
Já não vês mais nada
Quando gira

Junto
É tudo
 De um jeito
Cíclico

Segue em
Ciclo

Tudo é nada,
Que cilada!

Dança,
Cirandeia na
Roda viva
Rodopia

Que a vida
É música

Energia que transmuta
Na luta de todo dia...

Maris Figueiredo

domingo, maio 29, 2011

LUZ



Carregas um baú
De estrelas

Algumas cintilam
Quando ao entardecer
A noite invade pelas frestas da alma

Esperam o céu libertá-las?

...

 Não é teu destino
Guardá-las

Como será sublime
Pleno
Aventurar-se...





MARIS FIGUEIREDO




sexta-feira, maio 13, 2011

INSTANTE


Tua
Fala é
Toda quente

Tens
Ternura
Desconcertante

É assim que toda vez
Sopra teus ares

Um sorriso
No canto da tua boca
Se abre

E chego a sentir o
Tato de teu
Olhar que debruça
 Envolvente

Marcante
Sobre meu corpo
Que flutua
Acordado



Maris Figueiredo

sábado, maio 07, 2011

Bicho Carpinteiro



 ...


Pensava que o tal bicho no corpo inteiro
Era causa da falta de modos no coração
Quando menina

...

E desassossego 
Em coração de mulher?

Maris Figueiredo



domingo, abril 17, 2011

sábado, abril 16, 2011

ACHADOS E PERDIDOS


E essa dimensão
Inexata do "achismo"
Me deixa tonta
Eu acho tanta coisa
Perco outras tantas


MARIS FIGUEIREDO

TEMPO


De tanta espera

Se cansou da esperança

Que a chuva molhou e o sol secou

No tempo



A cor desbotou no vento

Ficou tudo preto e branco




MARIS FIGUEIREDO





segunda-feira, abril 11, 2011

POETAR

Nesse minuto
Quando paro
E deixo que a mente vadia
Trabalhe do ócio neste corpo denso

Nesse minuto
Quando sento no
Chão da cozinha
E vejo o quintal à tardinha
Pela soleira do tempo

Nesse minuto
Em que as folhas caem
Silenciosamente
E parecem tão sozinhas

Quando percebo as formigas
Seguindo aparentemente contentes
Abelhas adocicando feridas
Como se assim tão simplesmente
Se resumisse a vida

Esse minuto é movimento misterioso
Das sementes
Minuto em que se unem
Células guardando nascimentos latentes
Quando pétalas se abrem
E outras se despendem da lida

É minuto tão raro
Tênue

É escuro e luz
Nascente
A mim, tão caro
Pois que é minha
Sombra do afago

Minuto que
Me entende

É arte
Poesia


Maris Figueiredo


sábado, abril 09, 2011

DO SILÊNCIO...


Mas o meu coração
Vive na duração das batidas
 E repiques

Vive da intensidade

Nos timbres

De sustenidos e bemóis

...


Deseja
Todos os sons
Além deste intervalo

Sou pauta que
Não se faz música
Sem tuas notas 


...


Então,
Vê se escuta
Teu peito
- Concha acústica -
 Caixa de Música
De sonhos
(In)cantados




 Pois
Nele que
Guardo a música
Que exalo




Maris Figueiredo




domingo, março 27, 2011

CONSERVANTE


Olhos andam,
Os vejo...
Olham e
Sorriem.
Os meus, prontamente,
Correspondem.

E tantas vezes se
Alegram sem lhe ver.
Basta lembrar em flashes
Seu semblante...
Que de repente somem

Se dissolvem no
Seu até breve
...

Até onde
Dura esse diálogo surdo com gosto
Oculto de palavras,
Enquanto sinto
Tantos sons no estômago?

Provo
Desse impulso
Pro seus braços,
Ainda que
Pareça estranho...

Eu já não sei
Até onde o abraço
E o beijo
Podem ser guardados.

Sorte!
Encontrei um pote de conserva
Na estante...

Maris Figueiredo

quinta-feira, março 24, 2011

DE VENTO EM POPA...


E por ser de vento teu aconchego 
é que, às vezes, não chego a tempo...

MARIS FIGUEIREDO




domingo, março 20, 2011

São Sebastião do Rio de Janeiro

Sebastião desse Rio
De céu
Quase sempre
Aberto.
Povoado de
Farrapos,
Fantasias e
Favelas...

Ignorado!
De  luxo ao lixo
Escorrendo histórias e erguendo tantas  outras
Entre avenidas e vielas...

Sebastião,
Olha por ele!
Que nele
Corre dor,
Corre dívidas,
Mas, também sei,
Correm dádivas!


Sebastião,
Olha esse Rio!
Tem gente boa e
Tem gente equivocada
Feito água parada
Que não escoa...

Sebastião,
Perdoa! Perdoa
Essa gente que
Se deslumbra à toa
E não enxerga mais nada.

Não vê o choro,
A fome e
Desigualdade...


Sebastião,
Abençoa esse rio
Que de teimoso
Corre em risos,
Corre de amor
E solidariedade!

E como corre,
Senhor!


Maris

quarta-feira, março 09, 2011

PESADELO



O Grito, Munch




Ainda que tua tempestade passasse
Com tremores
Afogando nossas últimas
Esperanças...


Ainda que teus trovões
Expulsassem os anjos
Com raios
De rancor
E morte...

Ainda que tua escuridão
Cegasse os sonhos
E a última vela
Apagasse...

Que escuridão é esta?
Tempo de guerra?

Combate
Nos campos em que
Descansava meu peito...

Saudade...

Da
Tua cabeça
No meu leito,
Um rio cujas margens, hoje,
Te pedem:
Volta!


Por favor, abra a porta!

E me salva
Dos pesadelos!


Maris

(sob efeito do rock and roll) rss

terça-feira, março 08, 2011

Por onde andei...

ANDEI, ÀS VEZES, DE PERNAS PRO ALTO
E SALTEI DE CABEÇA
MERGULHADA EM QUIMERAS

ANDEI POR ERAS E ERAS
E AINDA PASTO

ANDEI
MAS QUERO VOAR
ENTRE OS ASTROS

NÃO QUERO MAIS ESSES
PASSOS

QUE CANSADAS HÃO DE ESTAR UM DIA,
AS PERNAS

ENQUANTO QUE
A MENTE SEMPRE BRILHA TEIMOSA DE CANSAÇO
E O CORAÇÃO TRANSITA SOBRE ELA



MARIS

(OFICINA DA NOP)

Surpresa


CHOVE TANTO AQUI... DELICIOSO
FIZ PLANOS DE IR À PRAIA, MAS ESSA BRISA GELADA E ATREVIDA, EM PLENO VERÃO,  ME ALUCINA...

(terça-feira de Carnaval)


Maris

sábado, março 05, 2011

POR QUE LEMBREI...


Por que hoje, bateu uma saudade esquisita
E não há explicações
Ou impedimentos

Pra vontade de deitar no teu peito e
Desfazer o trato

Sem teu
Abraço
Um beijo
Um sorriso apenas

Por que hoje, eu lembrei diferente
Nostalgia
Da gente

De dia
Noite
Fria, quente
Relicário de vida mais
Vadia, feliz

Por que hoje, acendi tua luz
E a escuridão
Que escondia
Deixou-se mostrar

Por que, hoje, apenas queria
Lembrar, lembrar, lembrar
Mais nada
Só lembrar

E dizer: 
Foi bom!
 Foi bom um dia!
Não, mentira! Foi
Por muitos dias

....

MARIS

segunda-feira, janeiro 31, 2011

... Pecados...


Também estou cheia deles...

Mas dizem que o amor cobre uma multidão de pecados... Então, estou exercitanto o amor...
                                                                                                                                     Maris


domingo, janeiro 30, 2011

DE MAR E ARCOS


Gosto de ti
De teu cheiro que imagino
Ser de raiz
Fincada na terra

Da aparente
Fragilidade que
Mantém a vida
E se expande
Graças a ela

Gosto de ti
De tua
Voz feito vento
Quando sopra o rio

Frescor que
Molha minhas entranhas
Enternece a alma
Provocante
Delírio

Arrepio

Que ecoa do
Precipício
Entre tuas montanhas

Pra desaguar em mim

Este
Louco
Sentimento

Meu
Doce
Desatino

...
Eu tentei

Até
Fingi
Esquecimento
De teu nome
Construído de mar e
E arcos

Mas
Tuas flechas
Atingiram-me o
Halo

E tudo
Transbordou
De desejo
Sem paz

Agora teu mar
Estremece meu barco
...

Maris


segunda-feira, janeiro 03, 2011

SOU CARRUAGEM

Ontem, conversando com um querido amigo, Rafael Felisbino, alma generosa e de descendência cigana, li um pequeno texto, por ele escrito, no msn. Conversávamos sobre o amor, a dignidade...
Fiquei encantada! Pois as palavras do Rafa, essas que ele escreveu ontem, elas de alguma forma já fazem parte da minha existência. Demorei um tempo pra entendê-las... Agora, começo a vivê-las...

Converso com o Rafa há muito tempo, mas ontem... Ontem, o Rafa estava inspirado rsss




SEMPRE SIGO MEU CAMINHO, POIS ESTOU NO MEU FOCO.
HOJE, NÃO SOU MAIS CAMINHO. SOU CARRUAGEM, E QUEM QUISER SEGUIR MINHA CARRUAGEM QUE SUBA, PORQUE A MINHA NÃO FAZ CURVA, SEGUE EM LINHA RETA.




Rafael Felisbino
02/01/2011

sábado, janeiro 01, 2011

Das Caravanas...



.
Fiz morada
Na caravana
Que cantava

Que de repente na
Estrada desaparecia
Como fumaça do incenso
Que acenava as
Mensagens das mãos
Que a gente lia


Dói a saudade dos
Tempos que
A alma livre caminhava

Os campos verdes
Entre
Saias coloridas!
Pandeiros com fitas!
Leques e lenços,
Doces
Gargalhadas

O
Manto estrelado, nos guardava
A lua, misteriosa era
Cúmplice da fé e magia

 Povo que emana das estrelas
E  à natureza
Celebrava e agradecia


Na grama orvalhada havia
Linda toalha  
Frutas, flores e taças de vinho
Em volta
Uma grande roda
Onde a gente dançava
Festejando a vida
Com amor e alegria

Mas
Desperto
No bater de palmas
Que anuncia:

Vivi com
Aquele povo
Da caravana que cantava
Que de repente na
Estrada desaparecia
Como fumaça do incenso
Que acenava as
Mensagens das mãos
Que a gente lia...

Maris