Parece triste a partida,
Um vento
Gelado de brisa
Espalha as folhas
Em desalinho
Um tempo disperso
Congela o ninho
Que já não suporta mais o peso
Da história
O balado do sino
Anuncia um silêncio ferino:
Adormeceu no sonho
O menino de outrora
Mas a essência divina
Da alma que se eleva, despindo-se de
Máscaras comuns dessa terra,
Se vê assim
Tal como era
Livre!
Vai embora...
Vai embora...
E quem de nós
Terá coragem de se ver ainda em lida?
Não há limites para a luz
Que se despede
Da roupa que já não lhe serve
Não há limites
Para a busca íntima
E de suas verdades
Se desfazer do choro,
De velhas bagagens,
Equívocos da viagem
E partir!
Voa!!!
Voa, tio!
Coragem!
Coragem!
Percorre outros caminhos,
Outras estradas.
Se desprenda das amarras
E lembra de Deus!
Ora!
Lembra do amor da mãezinha que lhe espera
E dos queridos que estão nas esferas
Que certamente te acolherão a chegada!
MARIS FIGUEIREDO
(Até mais querido! Que meu avô ainda esteja por aí para te ajudar também!!!)