sexta-feira, fevereiro 10, 2012

PARTIDA - WALTER MOTTA

Parece triste a partida,
Um vento
Gelado de brisa
Espalha as folhas
Em desalinho

Um tempo disperso
Congela o ninho
Que já não suporta mais o peso
Da história

O balado do sino
Anuncia um silêncio ferino:
Adormeceu no sonho
O menino de outrora

Mas a essência divina
Da alma que se eleva, despindo-se de
Máscaras comuns dessa terra,
Se vê assim
Tal como era

Livre!
Vai embora...

E quem de nós
Terá coragem de se ver ainda em lida?

Não há limites para a luz 
Que se despede
Da roupa que já não lhe serve

Não há limites
Para a busca íntima 
E de suas verdades

Se desfazer do choro,
De velhas bagagens,
Equívocos da viagem

E partir!

Voa!!!

Voa, tio!
Coragem!

Percorre outros caminhos,
Outras estradas.
Se desprenda das amarras 
E lembra de Deus!

Ora!
Lembra do amor da  mãezinha que lhe espera
E dos queridos que estão nas esferas
Que certamente te acolherão a chegada!


MARIS FIGUEIREDO





(Até mais querido! Que meu avô ainda esteja por aí para te ajudar também!!!)







sexta-feira, fevereiro 03, 2012

CARTAS PRA NINGUÉM



RIO DE JANEIRO, 03 DE FEVEREIRO DE 2012





 NO TEMPO DAS FORMIGAS... MAS EM ESSÊNCIA,   CIGARRA... BORBOLETA TAMBÉM. VIVO DE METAMORFOSES COMO CONDIÇÃO PARA SOBREVIVÊNCIA.  NÃO SEI ANDAR NA LINHA, UM ATRÁS DO OUTRO. NÃO SEI FAZER AS MESMAS COISAS SEM MUDAR, SEM MODIFICAR, SEM CRIAR...
NÃO VIVO NA HARMONIA PLENA, NO ENCANTAMENTO MUDO DE UM TOM COR DE ROSA. NÃO SOU POLITICAMENTE CORRETA... SIGO AS MINHAS BUSCAS, CONSTRUO CASULOS, ME DESFAÇO DELES, CRIO ASAS, QUERO VERTER EM ESTAÇÕES MEUS SENTIMENTOS E ANSEIOS...
 EU ATÉ SEI ME DISCIPLINAR E CARREGAR AS FOLHAS, MAS TEM QUE SER CANTANDO...


Maris Figueiredo