E calada
feri-me com espinhos das rosas brancas no campo
Murcharam entre tentativas de sobreviver às estações perdidas,
desnudas de encantos...
Na penteadeira entre fios dourados de cabelos, ficaram expostos os sonhos congelados
E o que fiz depois?
Não há brilho que dure à noite iluminando a escuridão do peito, feito um grande buraco vazio. Nem calor que aqueça a
vida de desejos perdidos...
De canto, decantei entre desencantos,
Um silêncio ferido...
Desencantamos, perdemos o ponto...
E diluí
Parindo dores, gestando poesias
De matéria fria
Dói muito essas contrações do degelo...
Esse esvair de vida
Em mudo apelo
Em mudo apelo