terça-feira, janeiro 31, 2012

FIOS DOURADOS





DOURADOS FIOS DE LUZ
GUARDO
ENTRE A TEZ
E OS TEMPOS ÍDOS

MINHA INSENSATEZ, EQUILÍBRIOS DOS SALTOS E
MEUS VESTIDOS

UM UMBIGO
GIRANDO MEU MUNDO
NEM SEMPRE DIVIDIDO

MAS, DOURADOS FIOS DE LUZ
GUARDO
ENTRE OS BATONS
E OS LÁBIOS TINGIDOS

MARCADOS

AS TARAS, AS CARAS, ALMOFADAS,
A INGENUIDADE DA LIBIDO

UMA SANTA SACANAGEM,
PURO SORRISO

DESEJAR
BRINQUEDOS, COMPARTILHAR
ENCANTOS,
SONHOS TANTOS...

MINHAS MAQUIAGENS, VIAGENS, TINTAS
PRA CABELOS E PENSAMENTOS
COLORIDOS

DE VERDADE?

FIOS DOURADOS, DE LUZ
AINDA OS GUARDO
SÃO PONTES
ENTRE MEU PEITO
E O MUNDO EM QUE HABITO


MARIS FIGUEIREDO




DE LUA E DELÍRIO


Quando escrevo
Nem sempre falo de mim
Ou falo do outro

Apenas misturo
É "efeito sopro"

Brinco
Diluo

Como se fosse possível
Plasmar nas esferas
Manipular energias e
Combinar luzes

Transformar
Matérias quintessenciadas
Como quem esculpe em nuvens


Não garanto
 Ritmo
Com meus riscos 
traçados e minhas rimas pobres

É tudo rabisco

Mas
Ninguém escorre das tintas que não sejam suas
Ninguém percorre nos riscos alheios
...

Só,
Os delírios são meus

MARIS FIGUEIREDO

NO FUNDO...





Não aprisiono
Saudade...

Quebro grades de ferro...

Minhas asas voam no grito
De sorrisos sinceros, dispersos e
No fundo
O meu coração não cabe no poço

Ele bate cego
Em explosões e luzes,
Louco!

Sentimentos escusos e límpidos
Misturam-se mas,
Nem tudo é tão puro de perto

Ainda sou  nave
Ainda sou ave
O amor é meu pouso

Ouve o som!
Ecoa das profundas águas, deste
Meu universo submerso


Maris Figueiredo

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Das Cantigas e Desapontamentos

Rosa
Não era tão linda
Quanto outrora...
A sua beleza juvenil
Há muito foi embora

O rei tão esperado
Pra chegar exatamente
Pro despertar,
Perdeu a hora

...

E ela lembrou do cravo,
De um anel de vidro quebrado...
E daquele amor que alguém tinha
Mas era pouco...



Maris Figueiredo

sábado, janeiro 21, 2012

De sol




O DIA ESTÁ LINDO, TÃO LINDO...


QUE O SOL SEM PEDIR, ME PEGOU


Maris Figueiredo

sexta-feira, janeiro 20, 2012

DE SONHOS E SÓ




ULTIMAMENTE
TENHO SONHOS DE PADARIA...
 rssss


Maris Figueiredo

terça-feira, janeiro 17, 2012

DELÍCIAS




Essa brisa da tua língua
Sopra  notas na minha concha 


Maris Figueiredo

segunda-feira, janeiro 16, 2012

DESATINO






Alquimia de desentendimentos


Procurar o tom 
 Em contratempos
Esculpido nos papéis
Amarelados

Marcas de um grafite
Desgastado

Sombras
E cinzas


Cem tintas


E além do óleo de linhaça que impregna o ar,
Nada é mais palpável do as tentativas desastradas


MARIS FIGUEIREDO



sexta-feira, janeiro 13, 2012

CARTAS PRA NINGUÉM



 Rio  de Janeiro, 13 de janeiro de 2012.


São bastante turvas essas águas.
(...)
Constrangida fiquei. quando percebi nitidamente que o buraco da camada de ozônio era menor que teu descaso... No entanto, foi pouco o estrago, uso bloquea(dor). E não renuncio à mania de perder o amigo mas, garantir a piada!



Maris




quinta-feira, janeiro 12, 2012

ENCANTO




Ao findar
Lírios sacodem  do vento
Soprando venturas


O sol arde de um halo
Derramando nuvens de algodão
No seio enluarado de montanhas desnudas

No breu
As asas de outrora, podadas
Alcançam o tempo acordado
Que desperta carinhosamente a vida
Dos seus dias entediados



Maris Figueiredo

quarta-feira, janeiro 11, 2012

TER QUE ESPERAR...





Ter Que Esperar
Chicas

Nunca pensei que eu pudesse sorrir
Ao dizer um adeus pra minha sorte
Que estava por vir
Uma ilusão pra me transformar

Nunca achei que eu pudesse te ouvir
Dizendo um adeus pro teu sonho
Que estava por vir
Uma aflição ter que esperar
Um sonho em vão

E agora o que eu faço depois de sorrir
Com teu sonho incapaz de me ouvir
Me acorde e depois se vá
Deixa eu te reparar como uma invasão

O tempo é que vai passar
A gente só vai rodar
Na mesma ilusão de recomeçar
Jogue tudo pro ar eu estou a flutuar
Na sua ilusão fácil de alcançar

terça-feira, janeiro 10, 2012

CARTAS PRA NINGUÉM II




Rio  de Janeiro, 11 de janeiro de 2012.

Sei conviver com o silêncio de quem respeito e me respeita. Silêncio este que sei ler, entender e acolher. Mas não sei viver com o silêncio da indiferença, da falta de atitude... Esse silêncio que “cala” a voz do outro sem permissão. Nunca aceitei e sempre grito na presença dele!

Maris


segunda-feira, janeiro 09, 2012

DESAPEGO



A LUZ APAGOU OS DIAS

MARIS FIGUEIREDO

ORDEM DE DESPEJO

Pode ser apenas um desejo
Louco de desistir desta lida.
Tentar rumo novo...

Espero um meteoro
Ou mando todo mundo praquele lugar?





Maris Figueiredo

Teus Mármores




As verbenas
Cultivadas
Há muito
Não adornam
Teus mármores

E um vento frio de
Tristeza aflita que
Avistou chuvas,
Fartou vales...

Sucumbiu pra
Nascer brisa

Transbordou
Tempo e
Flores dos vasos!

Já não cultivo
Nada cativa
Quero adornar todo
O assoalho

Cheiro à verbena
Tenho pés nus

E um fogo de
Essência atrevida




Maris Figueiredo


CARTAS PRA NINGUÉM I




Rio  de Janeiro, 08 de janeiro de 2012.

O contato mais próximo com você se chama afastamento. Como se o planeta girasse em sentido contrário após movimentos seculares... Não quero nada, queria apenas contrações e naves.
Nunca gostei das explicações longas, prefiro furar o dedo na roca, sentir.



MARIS

quinta-feira, janeiro 05, 2012

COMÉDIA

Assisto um
Teatro
De prosa (in) verso

Uma comédia divina
De vida nada privada

Com
Figurino de hipocrisia
Ao gosto dos falsos bons
Modos

Luz escassa

Uma historinha de
Argumento esquisito

Avisto atores
Com máscaras
...


Exalam cheiros das cortinas
De algodão doce, mariola...

Talvez seja um circo

Me pergunto:
O palhaço chega que horas?

MARIS FIGUEIREDO