domingo, dezembro 28, 2008

Punhal Das Horas



Há tanto
Tempo
Não te amo

Que não amo
Ninguém mais

Se engana
Quem pensa
Que só plantas secam

Como oferecer
Um coração
Que não há?

Secou...

Estou em paz

Meu Deus,
É isso a paz?

Preferia morrer
De sede no
Deserto

Que monotonia
Alienante
Tem sido viver
Sem amor

Ouvindo música
Na claridade
Das velas

Vendo a fumaça
Dos
incensos
Dispersas

Tudo segue
Pra nunca mais voltar

Só esse perfume
Me resta
E um punhal
Cravado
Feito
"Não"
Gritante

Vaga lembrança

Defesa
Do meu peito que
Jaz aberto


Maris

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Ser

Eu
sou mais do que
esse sonho
exposto
ao tempo

E nenhuma
dicotomia
me explica


Sou inteira,
nunca parte...
não se
extingue
em mim
a vida

Em arte
Pintura
Escrita
Som
Movimento

Em vida
Verbo
Idéia
...

Planando
solta
no vento

Na passagem
derradeira,
um bálsamo
de mim
dispersa


Em luz
logro
o universo

Sou
toda
sentimento

Maris

quinta-feira, dezembro 25, 2008

terça-feira, dezembro 23, 2008

MARIS... ESTRELA DO MAR

Maris... Estrela do Mar

Foi por ti, poetisa, essa ventura:
Entre tantos, cair-me por amiga!
Lapidei as palavras com brandura,
Intentando expressar numa cantiga,
Zeloso, a tua graça e formosura.

Noite de Paz e Amor, eu te desejo.
“Alegremo-nos! É vindo o Natal!
Trouxe Deus, o perdão. Hoje é festejo,”
Anuncia o coro celestial.
Ladeado por anjos, eu versejo.

Maristela! A linda estrela do mar,
A encantar os amantes da poesia,
Recrudesce em tua alma o amar,
Inflamando a paixão. Doce harmonia.

Stela Divina! Tu és fogo e paixão.
Tela virgem, papel não rabiscado,
Esperando em silêncio a inspiração;
Lápises e pincéis, sempre ao teu lado,
Aguardam com desejo a tua mão.

Maristela! Não percas a alegria.
Ouve o que eu te digo. Presta atenção.
Tens em teu nome a doce melodia.
Faz dele a tua maior inspiração,
Impinge na história a tua ousadia,
Graça, fé, singeleza e compaixão.

Moses Adam
F.V., 15.12.08
Poema dedicado à minha amiga Maristela

domingo, dezembro 21, 2008

Questão

FUGUE - Kandinsky


CAI A NOITE.
TOMBAM CORPOS NA
INÉRCIA,
MORRO AOS POUCOS...
AUSENTO-ME DE TUDO
E DISTANCIO
DO QUE AO MUNDO
REPRESENTO.
DESPERTO!
MERGULHO NO VAZIO,
LIBERTA
NO ABANDONO
E VEJO
O SER EXPOSTO
AO AVESSO
QUE ME DESPI.
E DE ESPANTO,
POIS
RECORDO DO
QUE ESTOU
ADORMECIDA
NO TEMPO,
PERGUNTO:
O QUE SOU,
SENÃO
ESSA QUESTÃO
QUE ME
PERSEGUE?

ɱαгЇS

sábado, dezembro 20, 2008

O MEU AMOR



O MEU AMOR
É UMA QUESTÃO FILOSÓFICA
DESCONFORTO
BUSCA
EXPLOSÃO
UM ESTAR PLENO
QUE ENLOUQUECE
O MEU AMOR
NÃO TEM DIAGNÓSTICO
É ADEUS DEPOIS
DE ATÉ BREVE
É PESO DA NOITE
ESCURA
É MORTE
NASCIMENTO
SOM QUE ENSURDECE
DOENÇA SEM CURA
É MAL QUE BEM ME SERVE
ELE CHEGA
ASSIM COMO
SE DESPEDE
O MEU AMOR
É FUGA

ɱαгЇS

CORDA BAMBA


Não
Eu não
sou pura
Nem pecadora
Não sou
pudica
Nem puta
To no malabarismo
Da vida
Na lida
Na luta
Entre a cruz
E a espada
Me equilibrando
Na linha estreita
Pra curva

ɱαгЇS