domingo, dezembro 28, 2008

Punhal Das Horas



Há tanto
Tempo
Não te amo

Que não amo
Ninguém mais

Se engana
Quem pensa
Que só plantas secam

Como oferecer
Um coração
Que não há?

Secou...

Estou em paz

Meu Deus,
É isso a paz?

Preferia morrer
De sede no
Deserto

Que monotonia
Alienante
Tem sido viver
Sem amor

Ouvindo música
Na claridade
Das velas

Vendo a fumaça
Dos
incensos
Dispersas

Tudo segue
Pra nunca mais voltar

Só esse perfume
Me resta
E um punhal
Cravado
Feito
"Não"
Gritante

Vaga lembrança

Defesa
Do meu peito que
Jaz aberto


Maris

3 comentários:

Anônimo disse...

uuuuaaaauuu!

só o que posso dizer é que você consegue me apunhalar a cada leitura!

Maris Figueiredo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maris Figueiredo disse...

Eu jamais vou machucá-lo, poeta rs Não que vc não mereça, muito pelo contrário. Quando o leio, muitas vezes, sinto teu dedo lírico no meu olho rs


beijooooos