domingo, abril 17, 2011
sábado, abril 16, 2011
ACHADOS E PERDIDOS
E essa dimensão
Inexata do "achismo"
Me deixa tonta
Eu acho tanta coisa
Perco outras tantas
MARIS FIGUEIREDO
segunda-feira, abril 11, 2011
POETAR
Nesse minuto
Quando paro
E deixo que a mente vadia
Trabalhe do ócio neste corpo denso
Nesse minuto
Quando sento no
Chão da cozinha
E vejo o quintal à tardinha
Pela soleira do tempo
Nesse minuto
Em que as folhas caem
Silenciosamente
E parecem tão sozinhas
Quando percebo as formigas
Seguindo aparentemente contentes
Abelhas adocicando feridas
Como se assim tão simplesmente
Se resumisse a vida
Esse minuto é movimento misterioso
Das sementes
Minuto em que se unem
Células guardando nascimentos latentes
Quando pétalas se abrem
E outras se despendem da lida
É minuto tão raro
Tênue
É escuro e luz
Nascente
A mim, tão caro
Pois que é minha
Sombra do afago
Minuto que
Me entende
É arte
Poesia
Maris Figueiredo
sábado, abril 09, 2011
DO SILÊNCIO...
Mas o meu coração
Vive na duração das batidas
E repiques
E repiques
Vive da intensidade
Nos timbres
De sustenidos e bemóis
...
Deseja
Todos os sons
Todos os sons
Além deste intervalo
Sou pauta que
Não se faz música
Sem tuas notas
...
Então,
Vê se escuta
Teu peito
Teu peito
- Concha acústica -
Caixa de Música
De sonhos
(In)cantados
Pois
Nele que
Caixa de Música
De sonhos
(In)cantados
Pois
Nele que
Guardo a música
Que exalo
Maris Figueiredo