terça-feira, março 13, 2012

CARTAS PRA NINGUÉM

VI


RIO DE JANEIRO, 14 DE MARÇO DE 2012.






Talvez, insconsciente ou não, sempre fui simpática à putaria. Será?
Embora, não os acompanhasse, sempre simpatizei com os rotulados  que "andam errado". Não que eu desejasse ser igual a eles em tudo... É que respeito quem age acreditando no que faz, mesmo que no fim nada dê certo.
 A ousadia e a coragem são características encantadoras e com o tempo podem se transformar em verdadeiros tesouros da alma. Essa minha admiração vem justamente do fato de me identificar com aqueles que, como eu, estão na estrada de peito aberto, aprendendo, experimentando e errando também.
E eu erro muito, isso não me torna orgulhosa dos meus tombos, mas eu tenho que admitir, erro!
Quero distância desses critérios da falsa moral: "faça o que falo, mas não faça o que faço". Me dou ao direito de não ter " bom gosto", esse que é aconselhável para ser aceito; me dou ao direito de desconfiar do " bom senso" e dos "bons modos da etiqueta e hipocrisia. 
Não suporto as unanimidades e o status decorrentes do senso comum. Nem sempre acredito no que faço, penso, reflito... Porém, muitas vezes, faço ainda que me ferre!
Gosto dos artistas justamente por esse gosto de rebeldia, de pensar o impensável e de criar. Gosto da arte, aprecio a arte... Só não suporto os pseudos estetas!

Maris Figueiredo

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