Verdes sonhos mudos
Pendurados aos galhos
Frutos de solo árido –
Um doce astro, ora cérebro, ora asno
Verdes sonhos mudos
De esperas, adocicados
Eles caminham comigo
Assim, como os seus
Das sementes ao vento em
Rasos espaços
Calcificados, mudos
Musicalizados
Aguando o corpo
Aguardam o tempo
Aguardam o tempo
De sabores desaprovados
Que louco
Esse gostar esverdeado
Esperando provar os versos
Dos sonhos que vivem
Dependurados
No amadurecer
Dos passos...
Maris Figueiredo
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